ATRIBUIÇÕES DA ESTÁTUA DE ATENA

14/01/2015 23:13

Atribuições da Estátua de Atena

Por Anderson Viana e Lucas Saguista

 

 photo 4scjoRqBnPInv7feXU96Trs7xEy_zpsd6df8994.jpg        No filme do Saint Seiya: Saishûseisen no Senshitachi (ou Os guerreiros do Armagedon) a abordagem envolvendo a Mitologia Clássica cede espaço ao Cristianismo, afinal de contas, o inimigo é ninguém mais ninguém menos que Lúcifer, o anjo caído. Apesar da proposta contida no filme – como a cena da Bíblia Sagrada sendo queimada – tê-lo concebido o título de mais polêmico, nada se compara com a cena da Estátua de Atena sendo cortada pela deidade caída.

        Primeiramente, devemos entender alguns fatores: Os Guerreiros do Armagedon foi produzido em 1989, ou seja, um ano antes da conclusão do mangá Clássico, em dezembro de 1990. Sabendo que os primeiros capítulos da Saga de Hades só vieram a sair em novembro de 1989, isso quer dizer que os estúdios da Toei Animation não tinham como adivinhar que a Estátua de Atena significava muito mais que um símbolo.

        Obviamente, nada mudou até meados de maio de 1990 onde Masami Kurumada finalmente revela o grande segredo por trás do monumento: o Ikhor de Atena tinha a capacidade de despertar a Armadura de Atena. Claro, considerando todos os fatores apresentados acima é aceitável – pelo menos perdoável, a cena da Estátua sendo danificada dada a data de lançamento do filme em relação a data do capítulo revelador do mangá.

        Anos mais tarde, somente em dezembro de 2005 que vemos os atributos da Estátua de Atena sendo explorados pela primeira vez em Episódio G, de Megumu Okada. Durante a invasão de Cronos para obter a Megas Drepanon, Saga de Gêmeos, ainda usurpando o cargo de Shion, revela-se contra a divindade e começa uma batalha terrível. No clímax do confronto, momento marcado pela Explosão Galáctica, que descobrimos que ela possuía um poderoso cosmo defensivo.

 

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        “Que ironia é essa. Nunca pensei que precisaria usar a Estátua de Atena como escudo para combater os golpes do homem que eu mesmo escolhi para matar a deusa. Foi o próprio poder defensivo de Atena contido em sua estátua que me protegeu.” Por Cronos, no capítulo 31, Aquele que foi aprisionado.

 

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        Momentos após o combate contra Saga, Aiolia de Leão aparece e assume o duelo. E, assim como na ocasião anterior, a Estátua de Atena aguenta (mais uma vez) o choque de outro violento ataque, nesse caso, a Explosão de Fótons de Aiolia.

        Não foi somente em Episódio G; The Lost Canvas, de Shiori Teshirogi, também explora essa situação em que o monumento é posto em risco. Embora os espectros não soubessem que a estátua era a Armadura de Atena, eles tinham sido enviados para o Santuário para destruí-la, ou seja, mais cedo ou mais tarde acabariam associando a ligação do ídolo com a causa de sua missão. Inclusive, Queen de Alraune mostrava saber que os cavaleiros usavam o sangue para despertar as armaduras e, embora não soubesse que fosse a estátua a forma primordial da armadura da deusa, ele destrói o frasco que continha o Ikhor da deusa para garantir que sua armadura não fosse despertada.

        Sendo Episódio G (19/12/2002 a 19/06/2013) e The Lost Canvas (24/08/2006 a 07/04/2011) obras mais atuais que o filme de 1989 (A Batalha Final, outra titulação da curta metragem), em que não se sabia dessa particularidade envolvendo a Estátua, era esperado que não fossem repetir o mesmo erro. Ainda assim, considerando que existia uma forma de destruir a armadura divina – tanto no Clássico como em The Lost Canvas – a resistência e atribuições especiais desse monumento continuam sendo nebulosas.

 

Referências

 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Guerreiros_do_Armageddon

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_cap%C3%ADtulos_de_Saint_Seiya

https://pt.wikipedia.org/wiki/Saint_Seiya:_The_Lost_Canvas