CRÍTICA A MATÉRIA DA NEO TOKYO Nº 95

05/04/2014 21:59

    Sim... eu sei que tem um bom tempo que eu não escrevo, mas quando meu amigo Saguista me disse que a revista Neo Tokyo fez uma matéria sobre tudo de Cavaleiros, eu não contive de curiosidade e qual não foi a minha grata surpresa ao ver que todas as sagas derivadas tiveram matéria menos Next Dimension alguns comentários nada a ver sobre TODAS as séries? (Minto! Não li o que era falado de Ômega por que não sou obrigado!). Como o compromisso do Quartel Canvete é com a trollagem verdade, decidimos fazer umas matérias corrigindo alguns erros cometidos pelo autor e eu, como não podia deixar de ser, fiquei com a parte de The Lost Canvas.

    Não é surpresa para os muitos fãs que me acompanham e queriam arrancar a minha cabeça a minha volta que eu sempre disse que não se deve falar do que não se conhece e, justamente por isso, fiz um enorme sacrifício acompanhando Oh, Merda!(eu disse que ia parar com isso, mas eu não resisto) Ômega, para poder falar mal com propriedade. E parece que não foi o que ocorreu para a elaboração da matéria criticada. A impressão que eu tenho é que o autor visitou fóruns, comunidades do orkut e um site (que eu não vou falar que é para não fazer propaganda bem negativa) para escrever a respeito, porque as coisas colocadas são bem as mais debatidas na guerrinha ridícula de fãs que sempre acontecem pelo mesmo motivo. : eles não querem admitir que Shiori-sama é melhor que Maestro kaniCU.

Pulando a parte em que tenta explicar a versão de deuses do autor e blá blá whiskas sachê, a matéria começa citando Next DementiaDimension como sendo "a luz da esperança para os antigos fãs" e que "não decepcionou". O que eu tiro de conclusão? Resposta: não leu um capítulo sequer desta subida pela 12 casas de Next dimension:
 


Subida das 12 casas de next Dimension; porque uma imagem vale mais do que mil palavras e entendedores entenderão.


    Porque se tivesse lido ia ver que o enredo não anda, que é um monte de ideias recicladas e que as novas são esdrúxulas, mas não é de Next Dimension que eu tenho que falar, então, que eu zere a redação por fugir do Tenmatema, vamos pular para o que realmente interessa!
 



Um ponto positivo da matéria é usar o termo spin-off sem usar o tom pejorativo que é utilizado nos ambientes virtuais (estou mesmo assumindo que ele pesquisou em fóruns e wikias)que serviram de fonte. Isso já é uma grande coisa, mas como nem tudo são flores há sim uma contaminação sobre falsas ideias que são propagadas por aí.

Entendo que o espaço na revista é muito limitado, que as coisas devem ser resumidas, não muito aprofundadas e etc. mas o autor preferiu falar do triângulo Sasha-Tenma-Alone, para puxar a matéria, nada mais natural já que eles foram protagonistas, mas esqueceu completamente de citar Dohko e Shion que são os elos que ligam The Lost Canvas e a série clássica e que provavelmente foram o motivo de muita gente correr atrás de a Guerra Santa anterior, talvez por ficarem curiosos de ver como essa guerra foi cruel a ponto de só restarem dois cavaleiros de ouro, ou porque eram fãs deles dois, ou porque queriam ver os antigos cavaleiros do seu signo... ou porque não tinham o que fazer mesmo. Enfim... acho uma falha grande não falar justamente do cavaleiros tidos como os picudos da geração clássica e que foram a "desculpa" para a história ser contada.

Outro ponto que ficou confuso foi quando se falou da qualidade das ilustrações no mangá. Começou elogiando os belos desenhos, do aperfeiçoamento de características e aumento de detalhes nas armadura e colocou um porém ao finalizar falando mal da arte escura, excesso de retículas e arte-finalização interferiam numa "melhor apreciação do mangá". Mas arte-finalização e retículas não fazem parte das ilustrações? Outra coisa que também não foi citada nesse quesito foi que o aumento na riqueza de detalhes não estava só nas armaduras, estava nas expressões faciais (tem passagens do mangá em que palavras não são nem necessárias diante da riqueza de detalhe nas expressões dos personagens) e nos cenários também, mas realmente não foram poucas as vezes que eu "perdi tempo" observando as ilustrações minuciosamente para me deleitar com os detalhes e não deixar nenhum deles passar batido, mas isso não é culpa da arte-finalização ou das retículas, a culpa é do tamanho da folha de papel que de tão pequena não permite que se aprecie um trabalho tão bem elaborado em toda a sua grandiosidade.

Mais um ponto importante: se refere a Kurumada como sensei. Erro mortal e imperdoável. Sensei ele nunca será.


Por fim, a coisa que me deu certeza que o objeto de pesquisa foram wikias e fóruns e sites com informações duvidosas foi dizer que The Lost Canvas não era canônico (outra coisa dita com frequência pelos ignorantes), mas, assim como os ignorantes, o autor não parece saber o que é ser canônico e eu, ao contrário de uns e outros, adoro pesquisar e resolvi fazer isso para jogar sobre todos a luz da verdade. Segundo o dicionário informal, Canônico é uma "palavra usada normalmente para apontar um linha de fatos e acontecimentos verdadeiros dentro de um universo fictício que podem ser diferentes de acordo com as ações do espectador diante do universo fictício, mas que entretanto são os verdadeiros diante das outras possibilidades que o espectador pode decidir" (não acreditou? lê aqui!), mas aí os corneteiros poderiam dizer que essa definição é de um dicionário informal... Pode não ser uma definição canônica, mas eu, muito inteligente fui direto ao Dicionário Aurélio que diz que Canônico é "dos, ou conforme os cânones". Cânone, por sua vez, "é a regra geral de onde se inferem regras especiais". Pois bem, quem definiu as regras de Cavaleiros do Zodíaco não foi Masami Kurumada? Não foi ele quem supervisou Shiori (todo mundo sabe disso) e a própria matéria não fala isso? The Lost Canvas não seguiu as regras que o autor mesmo cunhou? Como The Lost Canvas não é canônico então? The Lost Canvas pode não ser cronológico, mas é oficial e é canônico, SIM. E como disse o próprio dicionário informal, sendo canônico, é a verdadeira guerra santa do século passado para mim, no mais o choro é livre.

 

Por Roger Costa