EPISÓDIO 25 - TERAPIA PSICOLÓGICA ATRAVÉS DA RUÍNA DAS TREVAS

24/09/2012 21:50

Terapia psicológica através da Ruína das Trevas

Por Julian VK

 

        Este episódio, possivelmente um dos mais interessantes até o momento, trabalha três pontos em separado. A grande sacada é mostrar os arrependimentos guardados por Yuna, Ryuho e Haruto devido a ações do passado. Embora os flashbacks ilusórios causados pela ruína das trevas ocorram ao mesmo tempo, tratarei cada um deles em separado.

        O de Yuna mostra uma antiga amiga da amazona que foi morta quando sua vila tornou-se um campo de batalha devido a uma certa guerra. Naquela época, a garota conseguiu se salvar aparentemente deixando para trás a amiga. Águia se vê obrigada a se livrar do arrependimento de não ter salvado ninguém, pois agora há pessoas vivas que ela deve proteger.

        Haruto se vê diante de seu falecido amigo, a quem ele se referia como “irmão”. Sua determinação e juramento sobre sua armadura, jamais fugir deixando um companheiro para trás, são postas à prova quando ele se vê forçado a enfrentar o antigo cavaleiro de Lobo.

        Ryuho relembra seus primeiros dias em Palaestra, nos quais era sempre acompanhado pelo cavaleiro de Lince, Mirapolos, um garoto que lhe dava todo o apoio do mundo. Porém, a gentileza do pequeno Dragão fez com que ele decidisse ser derrotado de propósito num confronto, uma atitude que enfureceu seu colega e o levou a abandonar a escola e eventualmente causou sua morte.

        É interessante ver como cada um reage ao encarar as falhas cometidas no passado e a forma como são superadas pelo bem de seus companheiros do presente. Definitivamente este é um episódio que vale a pena assistir e, se o próximo seguir a mesma linha, creio que gostarei também.

        Afinal de contas... quem nunca permitiu que seu melhor amigo morresse de forma brutal que atire a primeira gema de armadura.

        Infelizmente, nem tudo é belo neste episódio. Como é costume de Saint Seiya Omega, sempre tem algo que fica zoado ou mal-explicado. Desta vez é o fato de que os alunos que entram em Palaestra já recebiam de cara uma armadura. Em seu primeiro dia, Ryuho já era o cavaleiro de Dragão e Mirapolos o cavaleiro de Lince.

        Isso sem contar que mesmo pirralhos eles já as usavam em confrontos amistosos. De quem foi a brilhante ideia de decidir que pivetes que mal saíram das fraldas já podem vestir armaduras? O que houve com aqueles treinos intermináveis de cinco anos? Como é possível que guerreiros com um domínio mínimo do cosmo consigam utilizá-las? Francamente, viu! Hoje em dia qualquer fracassado pode ser cavaleiro...

        São esses pequenos detalhes que me impedem de respeitar Saint Seiya Omega como parte do universo dos cavaleiros. Infelizmente, agora é tarde demais para redimir este anime. Na verdade, já era tarde demais a partir do instante em que mostraram Kouga vestindo a armadura de Pégaso através de um pingente.

        Só continuo assistindo por causa da Sonia mesmo...