EPISÓDIO 34 - DANÇA DO SIRI VS BREAKDANCE DA ÁGUIA

26/11/2012 23:01

Dança do Siri VS Breakdance da Águia

Por Julian VK

 

        O início deste episódio é tão simplório que nem sei o que dizer. Estou genuinamente desapontado com Yuna, que além de não ter representado nenhuma ameaça a Schiller enquanto este estava no mundo dos vivos, ainda fez o papelão de gritar como uma garotinha indefesa quase o tempo todo em que esteve no Yomotsu.

        Realmente esses novos cavaleiros são um orgulho pra geração anterior. Só que não.

        Logo Kouga e Ryuho chegam à casa de Câncer e, após um rápido diálogo, Schiller diz que as almas que estão no Yomotsu ficam lá por toda a eternidade. Coisa triste não? Já que o Meikai foi aparentemente destruído (Acha que estou falando bobagem? Releia a fase dos “Elíseos”) os pobres mortos não têm mais um buraco para onde ir. Se bem que eles não perderam o hábito de andar em fila indiana...

        Por sinal, agora que presto atenção neste detalhe. Caralho! Eu não imaginava que o cabelo do Kouga fosse tão grande assim! Eu realmente preciso rever alguns episódios para conferir se sempre foi assim e, caso contrário, pedir uma recomendação do tônico que ele usa. Quem sabe assim eu consigo fazer um cosplay de Sephiroth?

        Comentários inúteis à parte, Kouga e Ryuho chegam a uma conclusão simples quanto à resolução do problema de Yuna estar presa no Yomotsu, a mesma conclusão em que chegam 90% dos personagens de animes e mangás shounen: DESCER A PORRADA! Aiolia aprova.

        Depois de bater um pouquinho nos bronzeados, Schiller resolve acabar logo com a palhaçada enviando-os para o Yomotsu também. Neste momento Kouga mostra ser um pouquinho mais inteligente que o Shiryu, pois ao invés de ficar parado e se deixar levar ele tenta contra-atacar com seu Meteoro de Pégaso. E aqui acontece algo extremamente sem noção.

        O ataque de Kouga é superado, o que faz com que Ryuho decida ajudar utilizando sua Cólera do Dragão. Schiller defende o golpe com a mão, o que inicialmente me levou a crer que as Ondas do Inferno haviam sido canceladas. Porém, Câncer mostra que há uma grande vantagem em usar um golpe que depende apenas do seu dedo indicador: você pode continuar atacando enquanto usa a outra mão para se defender!

        Claro que até aqui não há nada de estranho, mas quando Kouga – que milagrosamente não foi enviado ao Yomotsu mesmo tendo seus meteoros superados – aplica um novo golpe, o Créu de Pégaso (mais um pouco e ele já vai aprender a usar o Turbilhão de Pégaso), e faz com que Schiller caia no próprio ataque juntamente com ele.

        Essa cena foi tão ridícula e forçada que eu tive que revê-la várias vezes até admitir que, realmente, foi isso que aconteceu. Em primeiro lugar, Schiller não estava apontando o dedo para si mesmo, o que deveria mantê-lo fora do alcance do ataque. Em segundo lugar, ele poderia muito bem ter cancelado o golpe quando percebeu que seria tragado juntamente com o Pégaso. Alguém consegue me explicar isso? Não, ninguém consegue, porque isso não tem explicação. A única forma de tornar esta cena mais patética seria fazer com que Kouga dobrasse o braço do Câncer e o fizesse apontar o dedo pra própria cara.

        No Yomotsu, Kouga começa a sentir lentamente os efeitos do LSD- digo, do seu cosmo das trevas vindo à tona. Schiller, que já está estabelecido como alguém que possui compulsão por limpeza, fica extremamente irritado por ser levado a um lugar tão sujo quanto aquele. E como todo bom cavaleiro de ouro do Omega, ele decide que a melhor forma de punir quem lhe fez passar por essa situação embaraçosa é: A MORTE!

        Porém, por algum motivo, ele decide parar sua investida brutal para começar um pequeno discurso. Schiller revela que ele prefere morrer do que perder a vida e, para tanto, está disposto a roubar o cosmo alheio, assim prolongando a própria vida indefinidamente. Acho que isto é o mais próximo que chegaremos de um vampiro em Saint Seiya.

        E de certa forma faz sentido, já que o cosmo é a fonte da vida.

        Ele chega até a comentar sobre uma fábula em que um caranguejo, por cumprir os desígnios divinos, recebeu a vida eterna. Nunca ouvi falar dessa história, mas de uma coisa eu tenho certeza: esse caranguejo não é nosso velho amigo Máscara da Morte. Schiller, que tem tanto orgulho de vestir a armadura de Câncer, certamente não leu Saint Seiya clássico.

        Ele tem até mesmo a audácia de dizer que cavaleiros de ouro são seres distantes da morte. Eu diria que o Muro das Lamentações não concorda com isso. Se há um detalhe que fica evidente com relação a Schiller (além do fato de que tem mania de limpeza) é que ele não sabe porra nenhuma sobre o que é ser um cavaleiro.

        Mudando um pouco de assunto, Yuna não perde a oportunidade de mencionar Aria. Schiller logo explica que ela está num lugar ainda pior que o novo mundo dos mortos, de onde é impossível resgatá-la (o que significa, para um bom entendedor, que ela SERÁ resgatada). Pena, eu estava tão contente com a falta dela...

        Kouga fica puto da vida com essa conversa e finalmente é dominado pelo Satsui no Hado (Não sabe o que é isso? Vá tomar vergonha na cara e pesquisar no Google) e utiliza uma nova técnica contra o cavaleiro de Câncer: o Hadouken! E para quem achava que um personagem de Street Fighter não tem chance contra um de Saint Seiya eis a surpresa: Schiller quase borra a própria armadura tentando escapar dos ataques do Pégaso.

        Para a sorte do Caranguejo, Yuna toma a decisão de deter seu amigo. Claro que ela poderia ter esperado ele derrotar o inimigo, mas a verdade é que se trata de uma grande invejosa que quer “aparecer” um pouquinho também.

        Schiller, desesperado, decide que tem que matar Kouga a todo custo. Nisso, Yuna finalmente decide fazer algo de útil (vencer o inimigo) e, depois de receber um golpe que eu sinceramente achei muito interessante e original, desperta o sétimo sentido. Mostrando que seu breakdance é melhor que dança do siri, a amazona de Águia supera o golpe mais poderoso de seu adversário (que nem tivemos a chance de ver do que era capaz, que palhaçada!).

        A luta terminar com Câncer caindo num poço de lava(?) e, pelo que tudo indica, morrendo. O que podemos concluir disto? Que certamente Yuna estava pensando “Pégaso safado, quem você acha que é pra roubar meu kill?”. É a única explicação para o fato de ela ter salvo o inimigo só para matá-lo pessoalmente logo depois.

        Com a derrota de Schiller, Águia e Pégaso voltam para a casa de Câncer e partem em direção à próxima. Depois disso nada mais de interessante acontece, especialmente devido ao fato de que Eden ainda não saiu de sua crise emo e continua cortando os pulsos com bolacha maria.

        E com isso chegamos ao final deste episódio, que foi uma puta falta de sacanagem com o dourado da vez. Pois é, meu caro canceriano, se tem algo que nem um cavaleiro de ouro consegue vencer é o roteirismo. Só lamento.

        Para completar deixarei um comentário de Defteros de Gêmeos sobre este episódio:
“Diz que é um cavaleiro de ouro, mas não consegue sobreviver dentro da lava? POSER!”