Obrigado, Netflix, por matar o Shun.

09/12/2018 22:37

Eu estou com tanto ódio que eu estou espumando. Roberto Barreto deixou um print que merece ser tratado em tópico a parte. A chamada é: Mataram Shun. 


E eu ressalto o que já falei na postagem anterior a esta: Shun representava todos os meninos sensíveis, não violentos, mais bonzinhos e sem maldade. Shun funcionava com essa configuração num grupo de um valentão (Ikki), um babaca (Seiya), um centrado (Shiryu) e um indiferente (Hyoga). Shun era o único ali que não atribuía a si aquela "violência" toda (pra não chamar de "macheza"). 
Agora, os meninos que se sentiam representados pelo bondoso Shun, como eu já me senti quando pequeno, não serão mais. Netlflix e sua equipe de roteiristas incompetentes julgam que um menino delicado não pode competir espaço entre os valentões, e por isso colocaram uma menina ali. Legal, parabéns a todos os envolvidos. 
É uma pena constatar que, pela visão de muitos, meninos delicados e sensíveis são vistos de maneira equivocada - como viados, como alguém comentou em tópicos outros -, e por isso não podem ter espaço. 
Interessante, mas em Senhor dos Anéis, o bondoso Bilbo poupa o Smeagle, e graças a isso o anel é destruído no final. Shun faz o mesmo com Sorento. Ele não o vence. Não o derrotada completamente, não tira sua vida, mas isso não impediu o general de voltar atrás e mudar de lado, tudo porque a bondade de Shun e sua motivação fizeram ele pensar diferente. Que bom, Netflix, que bom que tudo o que este grandioso personagem conseguiu nos ensinar no decorrer de gerações parece não ter valor para você e seus roteiristas debiloides. Agora fica a pergunta: quem é mesmo que está sendo (des)incluído?
Texto: Lucas Saguista